Um estudo recente da Wired revelou uma queda acentuada nos preços de revenda de carros elétricos em países como os Estados Unidos e o Reino Unido. Modelos de marcas renomadas, como Audi, Porsche e Tesla, estão perdendo até metade do seu valor inicial em apenas um ano.
A pesquisa aponta que essa depreciação expressiva se concentra principalmente em veículos mais recentes, com o ano de fabricação sendo o principal fator de desvalorização. A quilometragem, por sua vez, parece ter menor impacto nesse processo.
No estudo, o Ford Mustang Mach-E teve uma queda em 12 meses de 59,3 mil libras esterlinas (cerca de R$ 417 mil) para 28,5 mil libras (R$ 200 mil). Já outras linhas como o Tesla Model 3, teve uma desvalorização de 45%.
Principais causas
A pandemia de Covid-19 e a escassez de chips semicondutores afetaram a produção de automóveis e geraram uma alta demanda por carros elétricos, que agora enfrenta uma oferta maior.
O rápido desenvolvimento da tecnologia de baterias e carregadores, além da preocupação com a durabilidade das baterias, geram incertezas nos consumidores sobre o valor de revenda dos veículos elétricos.
Além das informações citadas, os descontos e incentivos oferecidos pelas montadoras para impulsionar as vendas de carros elétricos podem ter criado um ciclo de desvalorização mais acelerado.
Vale ressaltar que muitos proprietários de carros elétricos tendem a trocar de modelo com frequência, buscando sempre as últimas novidades do mercado.
Impacto no mercado
Essa desvalorização pode ter um impacto significativo no mercado de carros elétricos, tanto para os consumidores quanto para as montadoras. Por um lado, os consumidores podem encontrar oportunidades de adquirir veículos elétricos usados a preços mais acessíveis. Por outro lado, as montadoras precisam encontrar estratégias para estabilizar os preços e garantir a confiança no longo prazo.